Mandaram-me esta ligação que achei bastante interessante. As descrições em dicionário não existem e as que existem são diminutas, tem toda a razão Helder Guégués, um dia será mesmo tarde!

Em tempos que já lá vão tentei fazer um glossário de pontos de bordados e resolvi fazê-lo em parceria com alguns contactos que tinha, então, com bordadeiras dos Estados Unidos, França, Alemanha, e Itália. Não tive folgo para mais senão os pontos mais básicos, mesmo assim esse glossário levou alguns meses a concretizar-se.
Nas pesquisas que então fiz deparei-me com a dificuldade de algumas bordadeiras não partilharem as suas competências. Também por esta altura verifiquei que estava a ser feito um grande investimento na pesquisa dos pontos de bordar das várias regiões (o mesmo ponto tem diversos nomes conforme a regiáo) e com grande desilusão minha os resultados dessas pesquisas não estavam acessíveis ao público com exceção do Bordado de Guimarães (tenho o livro) que foi comercializado, o que não aconteceu com As Colchas de Castelo Branco ( que também tenho, por simpatia da então diretora da Adraces) nem com os livros que vi sobre os Bordados de Terras de Sousa, na Casa do Risco, em Airães, Felgueiras. As bordadeiras desta zona são as bordadeiras que maior número de pontos de bordar usam, segundo vem referido no livro de Castelo Branco. Nunca consegui ver estes livros a não ser em Airães, mas não acessíveis para manipular. É uma pena que todos estes pontos não estejam descritos, a sua execução por quem sabe filmada e nomeados, mesmo que conforme a região.
Fiz uma série de textos Coisas Curiosas em que divaguei sobre pontos e sua nomenclatura, desanimei quando fiquei sem grandes resposta a este segundo texto Depois a “vidinha” impôs-se e deixei de viajar por esse interior, mas tenho muita pena.


Bom fim de semana!